“Agora ela vai mexer com brios, com uma sociedade que tem o direito de se manifestar contra o poder.”
Por Anna Carvalho
A Rede Globo, agora, aprendeu o caminho das pedras e solta vídeos de sindicalistas para insuflar, para desacreditar reivindicações legítimas, é como se a emissora se achasse no direito (e acha) de destituir, instituir o que quer e bem entende. E para os néscios que acham que a outra Vênus platinada é isenta, ela não é. Ela tem uma relação de conluio com todo e qualquer tipo de poder, pois a Globo se arrasta levianamente pelo poder e sua barganha.
Toda greve é política, todo mundo sabe e aprende isso. A essência da greve é uma ação política, a Globo quer ser apolítica. Imagina se a presidente Dilma vai negar que não barganhava em seus tempos de “guerrilha”, se os sindicalistas do ABC - com Lula - não utilizavam barganha política, se Batisti não barganhou para ser anistiado. Outra coisa, com um discurso “doméstico” que não pode ser usado contra ninguém, a Globo quer um país apolítico e olha que eu acredito que dentro de um movimento de greve alguns têm o direito de não entrarem com a maioria, o dissenso deve ser parte de manifestações democráticas claras, de democracia, mas como na cena de Salvador, a Globo destitui o movimento com gravações que foram divulgadas de um lado porque se abrissem as ligações do governador da Bahia, em tom exaltado, íntimo poderiam ver o tom acirrado ou algumas palavras descontextualizadas, mas, mesmo assim, a Globo tem um padrão, ou seria melhor dizer, um patrão velho conhecido: o poder.
Deixemos que essa emissora se metesse em nossas vidas, criasse e destituísse o Collor de maneira leviana e torpe, como um algoz, somos passivos, não temos coragem de deixar que a sua grade desaliene mesmo com péssimos programas com gente que já desgastou a nossa paciência, com seus chatíssimos enlatados: Faustão, Luciano Huck, o bairrismo exacerbado em torno de um mítico Rio de Janeiro, além de nos fazer acreditar na isenção do Jornal Nacional, na não parcimônia de programas de auditório, agora ela vai mexer com brios, com uma sociedade que tem o direito de se manifestar contra o poder, de se mobilizar, pois criamos um monstro, uma espécie de Hades triunfante no Inferno.
A escolha da emissora é pelo Carnaval, a festa de sentidos e que movimenta para o seu cofre sem anistia ou veto, milhões. Então, o objetivo é desacreditar, prender, ela se retirou covardemente quando Collor caiu, ela apresentou gravações, mas ela o colocou no poder à medida que entoou os caras-pintadas para depois abandoná-lo em desgraça, agora é hora de divulgação de vídeos que são gravados e jogados para manipulação em seu descontexto (*feito o BBB, isso dá gosto), como tudo que ela quer feito tirana, a gravação de Sérgio Cabral humilhando, levantando falso, com assédio moral com um garoto de favela e que se queixava da falta de segurança e que queria jogar tênis (*e o Lula dizendo que tênis era esporte de elite), isso não tem divulgação e nem sentido, além da morte do piloto no interior da Bahia e que provava ligações de Sérgio com alguns esquemas, nem foram divulgados, então a Globo deforma e vive como um elástico a tencionar ou liberar aquilo que bem entende sempre em conluio, com jogos de poder.
A Globo é contra a liberdade de expressão da imprensa, faz negociatas, faz barganha, tudo como qualquer um que se alimenta de poder, como qualquer venal quando quer e bem entende, onde bota e tira gente de programa que exibe aquários humanos. E faz o que quer por que a gente deixa. Sem mais agora deixo a minha mania de blogar e vou assistir o que os belos e as belas da Globo incitam.Vou repetir um professor meu da faculdade e que dizia em tom cáustico numa análise brilhante sobre a alienação, mesmo em abertura política, da novela “Que Rei sou Eu?”: “As três desgraças do país são: a Globo, a Globo e a Globo.”
Mais abaixo vídeo sobre a Rede Globo sendo expulsa de Copacabana pelo povo na greve da PM e dos bombeiros do RJ: