Um pequeno asteroide de cerca de 15 metros de comprimento deverá passar bem próximo da Terra nesta sexta-feira. Últimos cálculos mostram que o objeto deverá cruzar a órbita do planeta a apenas 66 mil km de distância, uma aproximação considerada bastante perigosa pelos pesquisadores.
De acordo com dados fornecidos pelo MPC, Centro de Planetas Menores da União Astronômica Internacional e calculados pelo Apolo11, o objeto atingirá a maior aproximação da Terra às 14h32 BRT e cruzará a órbita planetária a uma velocidade estimada de 35 mil km/h. Apesar da distância ser bastante pequena, não há qualquer risco de colisão.
Batizado de 2012 BX34, o objeto foi descoberto no dia 25 de janeiro de 2012 pelas câmeras de vigilância do Catalina Sky Survey, observatório operado pela Universidade do Arizona e que tem como objetivo detectar objetos potencialmente perigosos próximos à Terra. O asteroide também foi detectado algumas horas depois pelo Magdalena Ridge Observatory no Novo México.
Esta não é a primeira vez que um objeto potencialmente perigoso e recém-descoberto passa nas proximidades da Terra. Em 27 de junho de 2011, o asteroide 2011 MD praticamente raspou a alta atmosfera, cruzando a órbita planetária a apenas 12 mil km de distância.
Difícil detecção
Anualmente, diversos asteroides cruzam a orbita da Terra sem serem notados. Essa dificuldade de detecção se deve principalmente ao pequeno tamanho desses objetos. Por refletirem pouca luz, sua observação por telescópios terrestres é praticamente impossível de ser feita com bastante tempo de antecedência.
Para contornar esse problema, as grandes agências espaciais estão usando satélites para fazer uma verdadeira varredura espacial, inclusive em regiões na direção do Sol o que é impossível de ser feito aqui da Terra.
Incógnita
O maior problema é que ninguém, da NASA, a agência espacial americana, ou da ESA, a agência europeia, ou de qualquer observatório sabe exatamente quantos asteroides existem. Nenhum astrofísico, em nenhum centro de pesquisa, pode responder com certeza essa pergunta.
Recentemente, usando dados obtidos pelo satélite infravermelho ISO (Infrared Space Observatory), da ESA, os astrônomos concluíram que existe cerca de 2 milhões de asteroides com mais de 1 quilômetro de comprimento situados no Cinturão de Asteroides, mas o número exato permanece uma incógnita.
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