Energia Cósmica
Brasil inicia operação para garantir segurança na Copa
Brasil inicia “operação de guerra” para garantir segurança na Copa. A Segurança da Copa do Mundo de Futebol terá auxílio de mais de 200 policiais estrangeiros
Com equipamentos como lança-mísseis e drones à disposição e 170 mil agentes, país terá maior efetivo da história dos Mundiais. Plano, avaliado em quase $ 2 bilhões de reais, prevê possível greve de policiais. O Reforço internacional seguirá padrão de megaeventos esportivos e, sem porte de armas, se limitará a auxiliar forças policiais brasileiras dentro e fora dos estádios. Entre possíveis atividades, monitorar torcedores violentos.
Brasil inicia “operação de guerra” para garantir segurança na Copa do Mundo de Futebol. O país ainda contará com o auxílio de mais de 200 policiais estrangeiros.
Autoria: Fernando Caulyt; Edição: Rafael Plaisant – Data 23.05.2014
Fonte: http://dw.de/p/1BzdR
O Brasil iniciou nesta última sexta-feira (23/05), nas 12 cidades-sedes, uma verdadeira operação de guerra para garantir a segurança pública durante a Copa do Mundo. Entre os principais equipamentos empregados estão 30 robôs antibomba controlados à distância, lança-mísseis, drones, câmeras que reconhecem até 400 rostos por segundo, além de 5 mil máscaras contra gás inspiradas no vilão Darth Vader, de Guerra nas Estrelas, para policiais usarem durante manifestações.
O governo federal disponibilizou o maior efetivo da história de todas as Copas. Serão 170 mil agentes entre policiais, militares e segurança privada. Desse total, 57 mil fazem parte das Forças Armadas. O efetivo será 20% maior do que os 140 mil homens usados no Mundial da África do Sul, em 2010. No total, o Brasil vai gastar 1,9 bilhão de reais para garantir a segurança no evento.
Força de segurança pública em frente ao estádio nacional Mané Garrincha em Brasilia
O país também vai receber mais de 200 policiais estrangeiros dos 31 países que classificaram suas seleções para o Mundial, além de mais 15 nações que não vão mandar suas seleções, mas que são consideradas relevantes para o Brasil no quesito segurança da Copa. O reforço, que não terá poder de polícia, seguirá o padrão de megaeventos esportivos internacionais e auxiliará as forças de segurança brasileiras dentro e fora dos estádios.
“Do ponto de vista de segurança pública para a Copa, o Brasil vai fazer bem e dar as condições necessárias para que o evento aconteça sem grandes ações de violência nas proximidades dos estádios e nos locais onde estarão as delegações”, diz Antônio Flávio Testa, especialista em segurança da Universidade de Brasília (UnB). “Mas não significa que não haverá grandes movimentações nas favelas e grandes centros. Haverá também um aparato de segurança muito forte para evitar o vandalismo em protestos.”
Possível legado
A preparação do plano começou há quatro anos e se espelhou em megaeventos internacionais. Militares brasileiros foram enviados aos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, e à Copa do Mundo na África do Sul, em 2010, para ganhar experiência. Além disso, as experiências bem-sucedidas nos Jogos Pan-americanos no Rio, Conferência Mundial Rio+20, Copa das Confederações e Jornada Mundial da Juventude foram aproveitadas.
Apesar das críticas sobre os gastos, para muitos excessivos, o governo federal diz que o dinheiro gasto na compra de equipamentos e treinamento de homens das Forças Armadas e das Polícias Militares vai se transformar em legado para o país após a Copa do Mundo, com a possibilidade de ser usado na segurança de novos eventos, como os Jogos Olímpicos de 2016.
PM do Rio adquiriu 200 vestimentas do tipo “Robocop” para enfrentar manifestações violentas
Por outro lado, especialistas criticam que o governo brasileiro priorizou a compra de armas e equipamentos e investiu muito pouco em inteligência e perícia. Para eles, o Brasil perdeu uma grande oportunidade de investir em áreas problemáticas de um país que registra mais de 53 mil homicídios por ano.
“Salvo algumas exceções, o legado será o de equipamentos que ficarão entulhados em galpões das polícias brasileiras, sem recursos para o seu funcionamento e sem efetivo especializado para o seu manuseio”, diz Felipe Machado, especialista em segurança pública da Ibmec/Minas Gerais.
Saída em caso de paralisação
Dos 57 mil militares destacados para a segurança pública durante a Copa, 21 mil homens farão parte da chamada força de contingência e estarão de prontidão para atuar em situações de emergência, como protestos violentos. Além disso, eles podem entrar em ação para substituir policiais (militares e federais) que entrem em greve durante o evento.
No início do mês, a Polícia Militar do Recife paralisou as atividades durante dois dias. No período, pelo menos 200 lojas foram saqueadas e 27 assassinatos foram registrados. Houve recentemente também greve policial na Bahia, no Rio Grande do Norte e no Amazonas. Durante o Mundial, não é descartada a paralisação de policiais e de outros servidores públicos.
“Não somente servidores dos órgãos de segurança pública, mas também de outros serviços podem entrar em greve para reivindicar melhores salários e condições de trabalho”, afirma Machado. “Isso já aconteceu no carnaval do Rio de Janeiro, onde os agentes de limpeza urbana interromperam a coleta de lixo, o que gerou enormes transtornos para a cidade.”
Especialistas em segurança pública dizem que podem ocorrer protestos violentos durante a Copa
Roupa “Robocop”
Especialistas dizem que podem ocorrer protestos violentos durante a Copa
Visando possíveis protestos e para conter a violência, a Polícia Militar do Rio de Janeiro comprou 200 equipamentos de proteção individual que se parecem com a roupa usada pelo personagem Robocop. A vestimenta, que resiste a fortes impactos como de rojões e pedras, será uma proteção extra para os policiais enfrentarem atos violentos durante as manifestações.
“É muito provável que durante o Mundial aconteçam confrontos violentos entre a polícia e alguns manifestantes que são organizados e querem promover a balbúrdia e o caos”, diz Testa. “Depois de ser agredida violentamente por alguns manifestantes com rojões, pedras e cacos de vidro, não acredito que a polícia vai reagir com flores”, completa o especialista da UnB.
Mesmo com os investimentos na compra de vestimentas especiais, cassetetes, barreiras de contenção e demais equipamentos para atuar no controle das manifestações, a presidente Dilma Rousseff afirmou que está trabalhando para uniformizar a atuação das polícias de modo a garantir o direito à manifestação e coibir a violência em protestos.
“Estamos buscando um protocolo comum às Polícias Militares em manifestações. Nossa meta é que disponham de um regulamento unificado, que defina melhor o uso proporcional da força”, disse Dilma. DW.DE
Segurança da Copa também terá auxílio de mais de 200 policiais estrangeiros
A partir de junho, mais de 200 policiais estrangeiros desembarcarão no Brasil para reforçar a segurança das cidades-sede e, eventualmente, auxiliar torcedores de outros países durante a Copa do Mundo. O reforço internacional em segurança, comum em megaeventos esportivos, vai atuar dentro e fora dos estádios.
O reforço internacional em segurança, comum em megaeventos esportivos, vai atuar dentro e fora dos estádios.
Os policiais estrangeiros – que estarão fardados com uniformes dos seus países de origem – vão acompanhar o deslocamento de atletas e técnicos e, também, auxiliar no contato com torcedores. Eles poderão ajudar, por exemplo, na identificação de cartazes de incitação ao racismo ou à violência em outros idiomas e no monitoramento de brigas entre torcedores de suas seleções.
Parte dos policiais estrangeiros deverá ficar dentro e nas proximidades dos estádios, e a outra em três centros integrados de comando e controle, de inteligência e antiterrorismo localizados em Brasília e no Rio de Janeiro. Desses locais, os estrangeiros poderão checar os antecedentes criminais de torcedores e turistas nos bancos de dados de seus países de procedência.
Além dos 31 países que enviam suas seleções para a Copa, o reforço policial internacional contará também com 15 países cujas seleções não se classificaram para o evento, mas são consideradas estratégicas pelo Brasil para a segurança do Mundial. Entre eles estão Israel, Cuba e China, além de países fronteiriços, como Peru, Bolívia e Venezuela.
Sem poder de polícia
De acordo com o Ministério da Justiça, cada país cuja seleção foi classificada para a Copa poderá enviar sete membros de suas forças de segurança para o evento. Já as nações que não classificaram suas seleções devem mandar três policiais. Os policiais estrangeiros – que vão atuar em conjunto com policiais federais brasileiros que falem inglês – terão a função auxiliar e não vão ter poder de polícia nem portar qualquer armamento.
Policiais alemães em ação, na cidade de Dresden.
A partir de junho, mais de 200 policiais estrangeiros desembarcarão no Brasil para reforçar a segurança das cidades-sede e, eventualmente, auxiliar torcedores de outros países durante a Copa do Mundo. O reforço internacional em segurança, comum em megaeventos esportivos, vai atuar dentro e fora dos estádios.
Os policiais estrangeiros – que estarão fardados com uniformes dos seus países de origem – vão acompanhar o deslocamento de atletas e técnicos e, também, auxiliar no contato com torcedores. Eles poderão ajudar, por exemplo, na identificação de cartazes de incitação ao racismo ou à violência em outros idiomas e no monitoramento de brigas entre torcedores de suas seleções.
Parte dos policiais estrangeiros deverá ficar dentro e nas proximidades dos estádios, e a outra em três centros integrados de comando e controle, de inteligência e antiterrorismo localizados em Brasília e no Rio de Janeiro. Desses locais, os estrangeiros poderão checar os antecedentes criminais de torcedores e turistas nos bancos de dados de seus países de procedência.
Além dos 31 países que enviam suas seleções para a Copa, o reforço policial internacional contará também com 15 países cujas seleções não se classificaram para o evento, mas são consideradas estratégicas pelo Brasil para a segurança do Mundial. Entre eles estão Israel, Cuba e China, além de países fronteiriços, como Peru, Bolívia e Venezuela.
A corrupção no Brasil é endêmica e vem sendo um dos motivos dos protestos
Sem poder de polícia
De acordo com o Ministério da Justiça, cada país cuja seleção foi classificada para a Copa poderá enviar sete membros de suas forças de segurança para o evento. Já as nações que não classificaram suas seleções devem mandar três policiais. Os policiais estrangeiros – que vão atuar em conjunto com policiais federais brasileiros que falem inglês – terão a função auxiliar e não vão ter poder de polícia nem portar qualquer armamento.
Permitida a reprodução, desde que mantido no formato original e mencione as fontes.
Fonte: www.thoth3126.com.br
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Lisa Teixeira
Junho / 2014
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