Entre as possíveis origens de um bloqueio destes, pode haver uma que com alguma facilidade passa despercebida...só por ser omnipresente e porque impregna practicamente todas as aspectos da nossa actividade mental e emocional.
São as energias colectivas, que resultam da somatório das energias físicas, emocionais e mentais de um grupo com uma finalidade comum - uma na espécie de "mente colectiva".
Na literatura mística-filosófica o termo aplicado é Egrégora ou Egrégoro. A palavra tem a sua origem no grego egrégoroi, que significa "vigilantes" ou "os que velam". O conceito refere a uma energia criada conscientemente. Um exemplo: quando um grupo de pessoas faz uma oração ou meditação colectiva, com um objectivo partilhado, podem criar uma Egrégora de protecção e bénção, como se fosse um círculo de Luz que envolve o que for o objectivo da oração.
Em termos psicológicos podemos ver a Egrégora como o "ambiente" ou a "personalidade" que se desenvolve num grupo, independentemente de qualquer um dos seus membros. É a sensação ou impressão que temos ao entrar num bairro que "faz uma impressão diferente" dos outros bairros na proximidade; também podemos ter a sensação ao visitar a casa de uma família.
São energias geradas por duas ou mais pessoas cujas vibrações se encontram focadas no mesmo objectivo. É assim um produto do nosso processo criativo pessoal e colectivo, como co-criadores da nossa realidade.
Estas energias podem ser muito potentes se foram apoiadas por muitas pessoas. Aparecem como formas de pensamento poderosos que nos rodeiam como uma nuvem invisível. (Quem trabalha na função pública, pode reconhecer este efeito num exemplo muito práctico: há algo, alguma força, alguma coisa na colectividade que rodeia o trabalho, que parece tentar aniquilar esforços e empenhos individuais, e que acaba por contrariar qualquer tentativa de mudar o status-quo.)
Gostaria aqui realçar duas formas de pensamento- um relativo ao nosso desenvolvimento pessoal, e outro relativo ao desenvolvimento do planeta Terra. As duas formas encontram-se intimamente ligados uma à outra.
A primeira forma de pensamento é a crença que estamos separados da nossa própria divindade. Que de uma maneira ou outra, somos menos do que divinos e não merecemos as dádivas da nossa divindade. Como se condenássemos a nos próprios de não ter acesso à Luz e ao Espírito.
É uma forma de pensamento que foi introduzido para controlar a humanidade através da religião. Altamente limitativa e prejudicial - porque nega o acesso a nossa própria sabedoria, a nossa visão espiritual, a nossa própria capacidade de discernimento entre falso e verdadeiro e a nossa capacidade de mudar a nossa realidade conforme o nosso desejo.
Por muito que trabalhamos a nossa espiritualidade, podemos nunca chegar à nossa realização, se continuamos sujeitos a esta forma de pensamento: ao aceitar a separação do nosso Ser temporal do nosso Ser divino, é difícil senão impossível aceder à plena capacidade de criação. Ultrapassar a separação com o nosso Ser Superior não significa que temos que começar a adorar, ou direccionar orações para a nossa Alma Celestial, ou para o nosso Eu Divino.
O que podemos fazer é deixar que a nossa ligação com o nosso Ser Superior acontece? Proponho uma técnica, ou exercício, que entre todas as aproximações possíveis é uma maneira eficáz de poder sentir que a ligação existe.
Trata-se de gerar a sensação de gratidão no nosso coração e enviá-la a partir do coração para o chakra do Portal da Alma, localizado uns 25 cm acima da cabeça, enquanto mantiver a atenção sobre o pensamento que somos UM com a nossa própria divindade. Não é uma forma de rezar, ou pedir, ou adorar, é simplesmente uma maneira de abrir uma ligação com uma outra parte do teu Ser.
Com a continuação da geração de gratidão e envio para o Portal da Alma, vamos poder sentir um movimento em direcção oposta e começamos a receber a energia da nossa Alma Celestial na glândula pineal... a ligação que estabelecemos assim, é um passo importante na nossa ascensão.
Devido à nossa natureza interdependente - estamos conectados com tudo que É - a abertura para o potencial do nosso Ser Divino é um apoio para todos os outros seres humanos de conseguir igualmente a sua União...
A outra forma de pensamento traz em si também a ideia da separação... neste caso a ideia que a Terra é um objecto que existe independente e separado de nós. Trata-se da forma de pensamento que perpetua a ideia que temos domínio sobre a Terra, e que podemos abusar dela conforme desejamos.
A ideia-base encontramos já na Bíblia - Genesis 1:26-28 , que fala da criação do Homem e a intenção de Deus para que o Homem dominará sobre a Terra.
Pode ser que haja uma má interpretação e má tradução das palavras iniciais. Não sei o que diz o original, o que veio até os nossos dias são estas palavras que alimentam a arrogância humana que está na base de muitos sistemas filosóficos, atitudes culturais, tecnológicas e científicas. Esta forma de pensamento está a ferir os ecossistemas, e a vida em si.
Se continuamos a acreditar que não merecemos ou não somos capazes de Unir-nos com as esferas de Luz , continuamos, mesmo inconscientemente, a contrariar a nossa capacidade de SER. Ao aceitarmos a nossa natureza divina, se aceitamos que merecemos a bênção de Luz e a Graça, podemos aceitar também a nossa capacidade de criar. Não precisamos nenhum intermediário entre nós e a nossa natureza divina. Se começamos a experimentar que existe um Criador em nós, podemos começar a curar-nos ... libertar as Egrégoras dos tempos antigos e começar a criar....
Estamos conectados a tudo que É. A nossa realização em União com o nosso Ser Divino, é para o bem de todos os Seres.
Fonte: http://www.cavalo-de-vento.blogspot.com
Por: Lisa Teixeira
http://www.muraldecristal.blogspot.com
Outubro / 2011