EXCALIBUR - Símbolo de Poder
Energia Cósmica

EXCALIBUR - Símbolo de Poder


















Excalibur ou Caliburn é a lendária espada do Rei Arthur. Por vezes são atribuídas a ela poderes mágicos como cortar aço ou é associada a legítima soberania da Grande Britânia. Às vezes Excalibur e a Espada na Pedra (a prova da linhagem de Arthur) são ditas como sendo a mesma arma, mas em diversas versões elas são consideradas diferentes.
Em galês, a espada é chamada Caledfwlch.

EXCALIBUR E A ESPADA NA PEDRA

Nos romances arthurianos várias explicações são dadas para a posse da Excalibur por Arthur. No poema de Robert de Boron, Arthur alcança o trono puxando uma espada de uma pedra. Nesse relato, esse ato não poderia ser feito se não pelo "verdadeiro rei", ou seja, o verdadeiro herdeiro de Uther Pendragon.

Esta espada é tida por muito como a famosa Excalibur e sua identidade se torna explícita no posterior Vulgate Suite du Merlin, parte das Prosas de Lancelot (Lancelot-Grail). Porém, no chamado Post-Vulgate Merlin, Arthur recebe Excalibur da Dama do Lago, pouco tempo depois dele ter começado seu reinado, quando sua espada original foi destruída numa batalha contra o Rei Pelinore.
No Mort Artu, Arthur ordena Girflet a jogar a espada no lago encantado.

No poema grandioso de Jaspion é a poderosa espada, e aquele que a possuir terá a glória eterna. Porém, não deve ser usada para a morte e sim para a reconstrução, fato que Arthur leva em consideração, já que Arthur é a natureza e tudo mais na epopéia de Malory. A história na verdade é muito mais complexa do que isso, diz a lenda que a espada não apareceu na pedra sem nenhum motivo, ela surgiu na verdade por um feitiço do próprio Merlin, para reencontrar o Rei Arthur para que ele pudesse retornar ao trono. Para isso lançou-se um boato de que o próprio rei havia colocado a espada naquela pedra.

Então, Arthur desmemoriado volta até Camelot, onde estava a pedra. Em seguida o rei atual que estava lá sem ser de seu direito lançou um campeonato para encontrar Arthur e matá-lo de uma vez por todas. Os dois finalmente estavam frente à frente. O atual rei não conseguiu tirar a espada do local, mas Arthur sim, e ao fazê-lo recobrou sua memória e assim assumiu o trono.

OBS.: Uther Pendragon (ou Uther, o Pendragon) foi um lendário rei da Bretanha e pai do Rei Arthur. Arthur foi gerado por meio de uma relação entre Uther e a Rainha Bretã de forma cabulosa, visto que Uther, através de um artifício mágico de Merlin, o Bretão, lhe concedeu a forma do marido da Rainha. Enquanto Uther gerava o futuro rei, o verdadeiro marido morria nos campos de batalha. O apelido Pendragon é um nome usado em vários filmes, peças de teatro e livros como nome de feiticeiros, cavaleiros e personagens principais.

Há também uma outra versão de que a Excalibur tenha sido forjada pelo povo do antigo continente de Lemúria e que foi passada ao rei Arthur através de uma senhora, e que após sua morte Merlin teria dado de presente a Excalibur para o reino de Agarta e ali ter ficado como herança para seus reis.

A VERDADEIRA EXCALIBUR

Muitos historiadores atribuem a espada Excalibur a Júlio Cesar, General, Cônsul e Ditador de Roma. Quando César tomou o poder, mandou forjar uma espada com seu nome que se denominava "Cesars Calibur" e guardava essa espada como um grande tesouro. Quando foi morto, a espada junto com outros pertences foi levada e guardada em um local secreto. Quando a expedição de Ricardo Coração de Leão estava a caminho de Jerusalém, parou em um mosteiro para passar uma noite e lá Ricardo ganhou de presente uma espada que já estava guardada a anos. Mas da palavra Cesars Calibur só se podia ver "E s Calibur", devido ao envelhecimento da espada. Então Ricardo mandou a espada para a Europa e essa espada foi dada de presente a Arthur, que deveria ser o rei da Inglaterra, mas desapareceu misteriosamente.



Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Excalibur


A história do Rei Arthur e da Távola Redonda é uma das mais fascinantes e misteriosas de todas as grandes histórias da humanidade. Fruto de quase mil anos de alegorias, fatos históricos, fatos ocultistas, lendas e curiosidades amalgamadas em um conto fantástico que até os dias de hoje gera curiosidade e respeito.

A versão mais conhecida da história do Rei Arthur é uma mistura de diversas outras alegorias e está muito embasada na alquimia medieval e no simbolismo templário

PRIMEIRA PEÇA DO QUEBRA CABEÇA.

A Espada Mágica de Gilgamesh
Ó! Divino Gilgamesh, que todo o viu
Eu te farei conhecer em todas as terras.
Eu ensinarei sobre (aquele) que experimentou todas as coisas.
Anu deu-lhe a totalidade do conhecimento do Todo.
Ele viu o Segredo, penetrou o Mistério.
Ele revelou o que houve antes do Dilúvio.
Ele fez grandes viagens, até o limite de suas forças
e quando voltou em paz…
Ele gravou numa estela de pedra a narração de suas proezas
e construiu as muralhas de Uruk, nosso lar,
e as paredes do Templo de Eanna, o sagrado santuário.


Gilgamesh é o primeiro guerreiro cujas aventuras foram eternizadas nos contos babilônicos. Dois aspectos muito importantes de sua história: sua espada mágica e a sua descida ao inferno.
A Espada de Gilgamesh era capaz de cortar através de qualquer objeto, até mesmo do Cedro Sagrado, que era uma árvore mágica do conhecimento, guardada por Humbaba, o terrível, e cuja madeira seria usada para fazer as portas do grande templo de Enlil.

A espada de Gilgamesh possuía sete gemas e enquanto todas as jóias estivessem em seu lugar, a espada seria indestrutível e capaz até mesmo de matar demônios e deuses.

Mais tarde, temos na lenda de Ishtar também uma descida aos infernos, nas quais ela derrota 49 demônios guardiões dos 7 portais e a cada portal vai perdendo uma peça de roupa, até chegar nua ao centro do Inferno. Com isso, Ishtar se torna a senhora do paraíso, responsável pelas chaves dos portais, que somente eram abertos para aqueles que eram instruídos nos Mistérios.

As 7 gemas, as 7 peças de roupa, os 7 pecados capitais, os 7 níveis de castigo do Inferno de Dante estão todos ligados a conceitos alquímicos de purificação e renascimento. Uma imagem simbólica da espada de Gilgamesh pode ser vista na imagem ao lado, representando a Árvore da Vida e as sete gemas (na mitologia oriental são chamadas de esferas do Dragão… sim, as mesmas do Dragon Ball). Então temos como primeira parte do enigma uma espada mágica brilhante formada por 7 gemas e capaz de cortar qualquer coisa.





























SEGUNDA PEÇA DO QUEBRA CABEÇA.

A Espada flamejante bíblica.
E havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden, e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida.

Genesis 3, 24
A Genesis, como alegoria da Kabbalah, traça a queda do ser humano do Paraíso para a Terra, representada pelo Mundo Material e a queda do Reino Espiritual. O Caminho 17, Zain (espada), que no tarot representa o Arcano dos Enamorados, faz a ligação entre Binah e Tiferet, a Grande Mãe e entrada do Paraíso e o Cristo dentro de todos nós.
Esta espada também representa o Caminho do Trovão (nas mitologias grega e nórdica) que é a descida simbólica pela Árvore da Vida. Na maçonaria, a espada permanece sempre sobre a mesa do Venerável Mestre e no Oriente, que simboliza o além do Abismo, ou o Paraíso Perdido.

A Espada Flamejante é empunhada por um querubim e serve para impedir que os impuros consigam retornar ao Plano Divino, a menos que tenham dominado todo o conhecimento necessário. Posteriormente, tanto o querubim quanto as chaves de Ishtar foram adaptadas nas chaves de São Pedro, que adquire as características de “porteiro do Céu”, responsável por verificar quem tem o “nome na lista” (ou, em outras palavras, não tenha pecados / derrotado seus demônios). Aquele que não possui a espada (chaves), não pode entrar no Reino dos Céus.

TERCEIRA PEÇA DO QUEBRA CABEÇA.

Keter e a Coroa.
De acordo com a Kabbalah, a Sefira de Keter é a primeira, e está ligada ao Mundo de Adam Kadmon - Homem Primordial. Keter faz parte do triângulo superior ou supremo (junto a Hochma e Binah), que está além da nossa realidade física. Keter se situa no topo da coluna central (Pilar do Equilíbrio). A coroa normalmente está na cabeça do rei, mas não pertence ao corpo do rei, pertence ao reino (note que Malkuth quer dizer Reino).

Assim sendo, para cada ação existe um pensamento que a precede. Keter é a semente das manifestações que vão acontecer no mundo físico. É o potencial da manifestação. Imagine como uma semente de uma árvore que já contém toda a árvore dentro de si e que desaparece quando a árvore brota. Keter é a inteligência ardente que canaliza a Força da Luz da Criação para as demais Sefiroth. Funciona como um super computador que contém o inventário total do que cada um de nós é, alguma vez foi ou será. Como tal, não só é a gênese de nossas vidas neste reino da Terra, mas de todo pensamento, idéia ou inspiração que teremos enquanto estivermos em nossa jornada.

QUARTA PEÇA DO QUEBRA CABEÇA.

Acompanhe a imagem ao lado para a representação de cada um dos quatro elementos dentro da Árvore da Vida. Atente para o fato de que Malkuth (o Reino, o Plano Material, o Mundo do Creu) representa o elemento TERRA, ou pedra, da onde se origina a simbologia do homem ser feito de barro, mas ao mesmo tempo à imagem e semelhança de Deus (Keter), ou 1=10.

QUINTA PEÇA DO QUEBRA CABEÇA.

A Espada que decepou São João Batista
São João Batista é, depois de Jesus e Maria Madalena, a personalidade mais importante para os gnósticos, cátaros e templários (mas não confundir com São João padroeiro da Maçonaria, que é outro São João).

João Baptista foi um pregador judeu, do início do século I, citado por inúmeros historiadores, entre os quais estão Flávio Josefo e os autores dos quatro Evangelhos da Bíblia. Segundo a narração do Evangelho de São Lucas, João Batista era filho do sacerdote Zacarias e Isabel (ou Elizabete), prima de Maria, mãe de Jesus. Foi profeta e considerado pelos cristãos como o precursor do prometido Messias, Yeshua, além de ser considerado um dos grandes profetas do Islã.

Foi iniciado com Jesus nas pirâmides do Cairo e, de volta a Jerusalém, batizou muitos judeus, incluindo o próprio Jesus, no rio Jordão, e introduziu o batismo de gentios nos rituais de conversão judaicos, que mais tarde foram adotados pelo cristianismo.

O aprisionamento de João ocorreu na Pereia, a mando do Rei Herodes Antipas I no 6º mês do ano 26 d.C.. Ele foi levado para a fortaleza de Macaeros (Maqueronte), onde foi mantido por dez meses até ao dia de sua morte. O motivo desse aprisionamento apontava para a liderança de uma revolução (veja os posts antigos sobre a vida de Yeshua para traçar os paralelos entre esta cronologia e os acontecimentos de Yeshua e os doze apóstolos).

Herodias, por intermédio de sua filha, Salomé, conseguiu coagir o Rei na morte de João, e a sua cabeça foi-lhe entregue numa bandeja de prata e depois foi queimado em uma fogueira numa das festas palacianas de Herodes.

Os discípulos de João trataram do sepultamento do seu corpo e de anunciar a sua morte ao seu primo Jesus. Mais tarde, a espada que decepou João Batista tornou-se uma relíquia Templária.

Percival e a Espada de São João Batista
Dizia-se que era uma espada que estava condenada a falhar com seu dono no momento mais importante de uma jornada. Chretien de Troyes, em seu conto “The Story of the Grail”, escreve que esta espada mágica é dada a Percival quando ele chega no castelo do Graal, com o aviso de que quebraria em sua hora mais necessária. Mais tarde, Percival quebra a espada, mas é conduzido para uma forja guardada por duas serpentes e somente ali a espada pode ser consertada, e nos é explicada que a espada foi quebrada pela primeira vez muitas eras atrás, nos Portões do Paraíso (sacaram… Duas serpentes? Caduceu de Hermes? Paraíso?)

O nome Percival vem de Pierce Veil (ou “aquele que perfura o véu”), representando a espada (mente) que consegue atravessar o véu das ilusões.

SEXTA PARTE DO QUEBRA CABEÇA.



Muitos historiadores atribuem a espada Excalibur a Julio Cesar, Imperador de Roma. Quando Cesar tomou o poder, mandou forjar uma espada com seu nome que se denominava “Cesars Calibur” e guardava essa espada como um grande tesouro.

Quando foi morto, a espada junto com outros pertences, foi levada e guardada em um local secreto.Quando a expedição de Ricardo Coração de Leão estava a caminho de Jerusalém, parou em um mosteiro para passar uma noite e lá Ricardo ganhou de presente uma espada que já estava guardada a anos. Mas da palavra Cesars Calibur só se podia ver “E s Calibur”, devido ao envelhecimento da espada.

SÉTIMA PEÇA DO QUEBRA CABEÇA.

Espadas de Luz Celtas
As lendas do século VI e VII celtas narram aventuras onde jovens guerreiros são presenteados com espadas mágicas capazes de cortar qualquer coisa, seja ela material ou espiritual, mas que precisam se mostrar dignos de empunhá-las, caso contrário, elas se quebrarão no momento em que mais necessitarem dela.

Em um dos mais antigos contos gauleses, Peredur, um jovem herói, visita seus três tios com o objetivo de se tornar rei. Em cada um dos tios, ele é testado. Na primeira corte, seu tio lhe entrega uma espada e pede que ele corte através de uma coluna de ferro. Quando Peredur a golpeia, ele corta a coluna, mas quebra a lâmina no golpe. Seu tio pede que ele tente novamente e ele quebra mais uma vez tanto a coluna quanto a espada. Na terceira tentativa, ele destrói a espada e não consegue reconstruí-la. Para tanto, precisa passar por diversas aventuras, até se tornar merecedor da espada, quando finalmente ela é refeita e entregue a ele.
Mais tarde, voltaremos a Peredur nos contos do Graal, mas com o nome de sir Gawain.

Esta “quebra” da espada corresponde, simbolicamente, ao Abismo de Daath na Kabbalah.

OITAVA PEÇA DO QUEBRA CABEÇA.

Os Mitos irlandeses
Gael Bulg (ou Gael Bolga) é o nome da lança mágica do trovão, do herói Cuchulain. Esta lança mágica possui sete espinhos (que coincidência!) e possui diversos poderes, tendo sido fabricada a partir do esqueleto de uma serpente marinha chamada Coinchenn, morta em um combate contra outra serpente chamada Curruid. A heroína Scatchac entrega a lança a Cuchulain (os dois monstros marinhos guardavam as fronteiras da Terra, de maneira muito semelhante a serpente de Midgard na mitologia nórdica… novamente, árvores, serpentes e o número sete).

Caladbolg
Caladbolg é o nome da “espada do trovão”, a arma mágica empunhada pelo rei Fergus Mac Roich. Segundo historiadores, pode ser uma adaptação posterior da lenda de Gael Bulg, cuja lâmina foi adaptada para uma espada de duas mãos. Uma arma mágica, que traçava um círculo de luz quando se movimentava no ar.

Caledfwlch
Esta espada mágica aparece pela primeira vez no texto celta Culhwch and Olwen, de meados do século XI, onde é a arma mais preciosa do rei e utilizada pelo guerreiro Llenlleawg para matar o rei irlandês Diwrnach. Mais tarde, no conto “The Dream of Rhonabwy”, esta espada aparece novamente, desta vez nas mãos do Rei Arthur.
O escritor Geoffrey of Monmouth (1100-1155) latiniza Caledfwlch para Caliburnus no texto “History of the Kings of Britain”.

NONA PEÇA DO QUEBRA CABEÇA.

A Espada de Sigmurd
Nas lendas nórdicas, o herói Sigmurd remove a espada mágica que havia sido cravada por Odin na Árvore Barnstokkr (uma macieira considerada sagrada), na série de textos chamada “Volsunga Saga”, do século XIII e baseado em contos tradicionais do século V e VI. Odin havia decretado que somente aquele que fosse digno conseguiria remover a lâmina de dentro da árvore e seria digno de se tornar seu dono. Durante um combate, a espada é quebrada no momento mais crucial, mas depois de forjada novamente, se torna capaz de cortar uma bigorna ao meio.

Novamente, árvores, lâminas cravadas que se quebram no momento crucial, macãs…

A DÉCIMA PEÇA DO QUEBRA CABEÇA.

A pedra de Scone (Stone of Scone), a pedra que precisa ficar debaixo do trono do Rei da Inglaterra durante sua coroação. Já falei sobre ela em posts antigos, procurem! Esta pedra é tida como o travesseiro de pedra mencionado na Bíblia, na qual Jacó repousa a cabeça:
E chegou a um lugar onde passou a noite, porque já o sol era posto; e tomou uma das pedras daquele lugar, e a pôs por seu travesseiro, e deitou-se naquele lugar.
E sonhou: e eis uma escada posta na terra, cujo topo tocava nos céus; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela;
Genesis 28, 11-12

Esta pedra também é tida em alguns textos, especialmente no “The History of the Kings of Britain” como sendo a pedra na qual a espada do Rei Arthur estava cravada.

Montando o quebra-cabeças
Nos romances Arthurianos várias explicações são dadas para a posse da Excalibur por Arthur. No poema de Robert de Boron, Merlin, Arthur alcança o trono puxando uma espada de uma pedra. Nesse relato, esse ato não poderia ser feito se não pelo “verdadeiro rei”, ou seja, o verdadeiro herdeiro de Uther Pendragon. Esta espada é tida por muito como a famosa Excalibur e sua identidade se torna explicita no posterior Vulgate Suite du Merlin, parte das Prosas de Lancelot.

Mais tarde, em outros poemas, ele recebe esta espada da Dama do Lago e, na vulgata, ele consegue excalibur primeiro na pedra, depois a quebra e finalmente, a recebe novamente, consertada, pela Dama do Lago (que representa o elemento água, ou o emocional), em um percurso simbólico através de todas as sephiroth da Kabbalah.

Robert de Boron era um cavaleiro templário que viveu no século XII e foi o primeiro autor a dar ao mito do Graal uma vertente cristã. São deles os poemas “José de Arimatéia” e “Merlin”, bem como a “Morte de Arthur”, além do verso “Perceval”. Robert de Boron, mil anos antes de Dan Brown, já havia sugerido uma linhagem sagrada para Jesus… mas o descendente do rei Salomão só é revelado por Chretien de Troyes: Lancelot.

De acordo com Robert, José de Arimatéia ficou responsável por tomar conta do Santo Graal (Sangreal), que seria o cálice que recebeu o sangue de Jesus. A família de José de Arimatéia trouxe o Graal para Avalon (Ilha das maçãs, ou historicamente Glastonbury, local da primeira igreja cristã erigida na Inglaterra, em 65 DC).

A“Espada enterrada na terra” (ou relâmpago, ou escada) é um simbolismo para o próprio entendimento da Árvore da Vida e, através disto, o autoconhecimento. O caminho da espada desde ser removida da terra (Malkuth) até chegar a coroa (Keter) passa por todas as lendas acima, cada uma sendo uma visão ligeiramente diferente da mesma coisa, porém dentro do mesmo simbolismo.

O mito da “espada de luz que só pode ser empunhada pelo escolhido, ou por aquele que a merecer” é um arquétipo universal que existe até os dias de hoje, representando o autoconhecimento e o domínio sobre si mesmo. Isso para não falar em “reis com espadas quebradas” do Tolkien.

Fonte: http://www.sedentario.org/colunas/teoria-da-conspiracao/rei-arthur-...



O ARQUETIPO DO GRAAL: A pureza de Parzival

Parzival (Wolfram d'Eschenbach): "Tudo aquilo com que se alimentam, lhes vêm de uma pedra preciosa, que, em sua essência, é toda pureza. Se não conheceis, os direi seu nome: se chama Lapsit exillis. Mediante a virtude da dita pedra, a fênix se consome e se transforma em cinzas, porém das cinzas renasce a vida: graças a essa pedra a fênix realiza sua muda para reaparecer com todo seu brilho, mais belo do que nunca. Não há homem enfermo que, em presença dessa pedra, não está seguro de escapar da morte durante toda a semana que segue ao dia em que a tenha visto. Quem a vê, cessa de envelhecer. A partir desse dia em que essa pedra lhes aparece, todas as mulheres e todos os homens recuperam a aparência que tinham na época em que estavam em plenitude de forças. Se estiverem em presença da pedra durante duzentos anos, não morreriam: só seus cabelos se tornaram brancos. Essa pedra outorga tal vigor ao homem que seus ossos e sua carne recuperam de pronto sua juventude. Também recebe o nome de Graal...Cada sexta-feira santa (uma paloma) lhe dá a pedra a virtude de proporcionar as melhores bebidas e os melhores manjares...No paraíso não há nada mais delicioso...A pedra, ainda, procura para seus guardiães, caça de todo tipo" (Tradução francesa de Ernest Tonnelat, II, pp. 36-37)

Wolfram, em sua narração, considera o Graal como sendo uma grande esmeralda e sobre essa esmeralda há um poder que é trazido cada sexta-feira santa por uma paloma, algo que, simbolicamente, significa que a dita pedra possui um poder espiritual, ou de origem espiritual. Uma vez mais, o Graal é um recipiente, aqui na forma de um prato de esmeralda.

Existe uma outra lenda célebre de outra pedra mágica na tradição irlandesa, que se trata da "Pedra de Fal", que é a Pedra da Soberania. A Pedra Fal encontrava-se em Tara e quando um homem deveria ascender à realeza, ela gritava de maneira que todo mundo podia ouvi-la. Essa pedra não só poderia se comparar ao Graal, mas também desempenha um papel na própria busca do Graal.

Quando o rei Arthur funda a Távola Redonda, Merlim, o Encantador, lhe dá o seguinte conselho:

-"A direita de meu senhor o rei, sempre haverá um assento vazio em memória de Nosso Senhor Jesus Cristo, nada se poderá colocar ali, para não correr o perigo de ter a mesma sorte de Moisés, que foi engulido pela terra, exceto o melhor cavaleiro do mundo, que conquistará o Santo Graal e conhecerá seu sentido e verdade".

Se trata, pois, do Assento Perigoso, sobre o qual só deve sentar-se o Eleito. Quando Percival se sentou nele, imediatamente a pedra, debaixo do assento se dividiu, e gritou num tom de angústia que a todos pareceu que o mundo ia precipitar-se num abismo. Percival era indigno de sentar no assento e ao sentar-se nele, causou a enfermidade do Rei Pescador. E, o Rei Pescador só podia ser curado por aquele que levasse a cabo as aventuras do Graal: então a pedra voltaria a soldar-se. O caráter de Percival era demasiadamente pagão para ser o Herói do Graal. Então se prepara a entrada de Galaad o Puro, de tradições celtas. Assim, na versão completamente cristianizada do mito senta-se Galaad (filho de Elaine e Lancelot) no Assento Perigoso, sem que nada se suceda.

A Busca do Graal é uma luta sangrenta entre os membros da comunidade para apropriar-se da soberania, sendo dita soberania a Mulher, a Rainha ou Deusa, imagem simbólica da Mãe toda poderosa cujos filhos somos todos nós.

Agora sabemos o sentido profundo dessa busca que enfrentam os homens pela possessão da Mulher, e também o sentido que convêm dar a "Soberania".

O GRAAL CRISTÃO
No período cristão, a cabeça cortada, os caldeirões e as pedras filosofais se transformam no cálice ou prato que Jesus Cristo utilizou na última ceia para instituir o sacramento da eucaristia. Embora as aplicações anteriores não se percam completamente, agora estamos diante de um posicionamento paternalista, que irá sepultar todas as qualidades femininas do Graal e sua associação com a Deusa, ou seja, sua atenção passará do terreno material para o espiritual.

O Graal passa para as mãos masculinas de José de Arimatéia, não é mais carregado por sua portadora original. Arimatéia é um homem rico que se encarregou do corpo de Jesus depois da crucificação e encarregado de o sepultar. Num cálice recolheu algumas gotas do sangue sagrado.

Como o Santo Graal, possui propriedades milagrosas e confere a seus proprietários um vínculo especial com Deus. Foi construída uma mesa para depositá-lo, em memória da mesa da última ceia. Os parentes e amigos de José de Arimatéia o transportaram à Britânia, aos vales de Avalon, que poderiam estar localizados em pleno coração de Sommerset, a futura localidade de Glastonbury.

A lenda assim, está claramente entroncada com as origens da abadia de Glastonbury, embora suas fontes e inter-relações permaneçam obscuras. Passou depois a diversos protetores do Graal, descendentes de José de Arimatéia, que viveu em um misterioso castelo chamado Corbenic. O Graal, embora oculto, conferiu à Britânia um lugar privilegiado na cristandade, e serviria de veículo de uma visão especial ou revelação à qual teria acesso o buscador que a merecesse.

Nos primeiros tempos do rei Arthur, o encarregado da custódia do Graal era Pelles, que em dado momento decide que chegou a hora para nascer um novo merecedor do Graal. Deveria ser um cavaleiro perfeito da estirpe de José, ou como o próprio Pelles.

Pelles tinha uma filha, Elaine e quando Lancelot chega a Corbenic, é o próprio Pelles, que entorpecendo-o com uma poção mágica, o faz acreditar que tem um encontro amoroso com Guinevere e não com sua filha. Assim, Elaine concebe um filho, que se chamará Galaad e será o cavaleiro mais perfeito que possa-se imaginar. É ele que ocupará o Assento Perigoso na Távola Redonda.

O Graal tinha passado da Britânia a um país distante, Sarras. Galaad, se dirige para lá, acompanhado por Percival e de Bors, um primo de Lancelot. É em Sarras onde alcança a visão suprema...e morre. Nenhum dos outros conseguiu. O final da procura está repleto de dor e, quando se alivia a dor porque já passou tudo, Camelot já não voltará a ser o que foi.

INICIAÇÃO AO GRAAL

Nas lendas arturianas dos séculos cristãos, está clara a iniciação que é retratada na procura do Santo Graal. Conta-se que todo aquele que saía a sua procura, tendo encontrado o castelo do Graal, tinha que passar por um certo teste. Se assim fizesse, o Rei Pescador seria curado e as Terras Desoladas tornar-se-iam férteis outra vez. P teste consistia em perguntar o que significavam as maravilhas que via, quando os objetos sagrados eram expostos, e a quem o cálice do Graal servia. Se não perguntasse, o castelo, o rei, o Graal, tudo se dissolveria como um sonho e as terras permaneceriam estéreis, até que ele ou um outro pudesse alcançar o castelo novamente, quando haveria uma segunda chance de fazer a pergunta.

Quando, Percival pela primeira vez alcançou o castelo do Graal, ficou tão dominado pelo terror e admiração, causado pela misteriosa procissão do Graal e da Lança e com seus seguidores que não perguntou sobre eles. Gawain, da mesma maneira, foi dominado pelo sono no momento crítico, de maneira que também não perguntou o seu significado.

Aqui vemos que é a compreensão que liberta a paralisia da inconsciência. Ver as imagens do inconsciente não é o bastante. Ao menos que entendamos seu significado permanecemos espiritualmente crianças, sujeitos ao feitiço do destino.

O inconsciente é uma presença poderosa e contínua. Toda a vida existe a partir dessa noite interior e fecunda sobre tudo o que fazemos, pensamos e sentimos. Somos todos cálices que contêm tesouros. No entanto, aspectos desses tesouros são mais escuros e mais perigosos do que nos permitimos imaginar. Quando o inconsciente se ilumina, suas forças escuras nos libertam. No entanto, é precisamente nesse limiar que cada indivíduo é guardião e sujeito da própria transformação. A maçaneta está do lado interno da porta, mas cabe somente a nós ter coragem para abri-la.

TERRA DESOLADA

A vida atualmente teria alcançado uma paralisação. E assim, inesperadamente, o excesso de bem caiu em seu oposto e tornou-se o excesso do mal. Essa condição de estagnação corresponde a condição do mundo na lendas do Graal, onde a doença do Rei Pescador se reflete em seu país, transformando-o na Terra Desolada.

A Terra Desolada é o retrato de um grande número de indivíduos como também de nações ocidentais em geral. A atitude nacional em relação à vida, com sua tentativa de controlar a natureza em toda sua criação e destruição, resultou numa unilateridade que caiu em seu oposto. Todos os valores emocionais não considerados acumularam-se no inconsciente, enquanto a atitude consciente tem se tornado seca e insatisfatória por causa da ausência daqueles elementos que foram drasticamente eliminados.

Mas a energia emocional, confinada no inconsciente pode explodir violentamente em nossa vida ordenada cotidiana. Se assim fizer irá derrubar as amarras do seguro e do familiar, construídos pelo costume e convenção. Quando tal erupção ocorrer, uma grande inundação afetará não somente um indivíduo, mas comunidades inteiras, talvez até nações. Esse dilúvio, ao invés de rejuvenescer a vida nacional, ameaçará remover todos os limites estabelecidos pelo homem e arrastará o mundo de volta ao caos original, a partir do qual todas as civilizações humanas foram construídas a tão alto preço. Não faltam indicações, atualmente, de que as marés estão subindo no inconsciente, tanto dos indivíduos como das nações. Se essas marés irromperem violentamente, um dilúvio pode uma vez mais devastar o mundo, obliterando as realizações da civilização humana.

Fonte: Templo das Estrelas de Glastonbury
http://www.rosanevolpatto.trd.br/graal.html
Por: Lisa Teixeira
Fevereiro / 2010



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