CRÍTICA AO SISTEMA EDUCACIONAL UMA ( OUTRA ) VERDADE INCONVENIENTE.
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CRÍTICA AO SISTEMA EDUCACIONAL UMA ( OUTRA ) VERDADE INCONVENIENTE.




Postado por ALEXANDRE SPERCHI WAHBE em 5 agosto 2010 às 15:00
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“(...) os sistemas escolares têm reagido de forma lenta, se é que tem reagido, a (1) novas descobertas científicas relativas à mente e (2) aos valores em mutação na sociedade.”
Ferguson, 1997, pg. 270

A educação é um assunto eminentemente complexo, com uma dimensão altamente estratégica. Sabemos que a educação é a premissa básica para que haja o desenvolvimento em todas as outras esferas sociais. O Brasil, culturamente falando, sofreu, desde o início de sua colonização (legado dos Jesuítas), processos de intervenção educacional fundados numa dinâmica “bancária” (Paulo Freire): educação que não libertava o ser humano, educação que não visava a emancipação humana e o desenvolvimento de suas habilidades mais profundas, nem enfatizava criatividade e originalidade. Segundo visões progressistas de educação, “tanto Teilhard de Chardin quanto Skinner estavam certos: somos capazes de saltos evolucionários e de condicionamentos em compartimentos.” (Ferguson, 1997, pg. 265), ao que parece fomos legados, massivamente à segunda possibilidade.






















Comumente, a “educação–padrão” chega até a nos prejudicar, pois que uma visão plena da educação faltou aos gestores e educadores nacionais (talvez uma sina ocidental). Não se estimulou o desabrochar do homem preparado para conviver num clima de debate, sinergia, convivências adequadas, trocas revigorantes. Fomos praticamente todos, educados em escolas tecnicistas e/ou tradicionais, que não visavam trabalhar com conteúdos abertos e transcendentes, e sim com disciplinas extremamente compartimentalizadas e estanques.

“Nossas expectativas quanto ao que o animal humano pode aprender, fazer, ser, permanecem extraordinariamente baixas e temerosas. A definição que temos dos propósitos fundamentais da educação continua inadequadamente utilitária.”
LEONARD, 1998, pg. 24

Será que nossa escola nos ensinou para a transcendência? Será que ela nos ensinou o que é ideal para o desabrochar do humano? Será que nossa escola, alguma vez, nos ensinou o que é projeto de vida, o que são os hemisférios esquerdo e direito do cérebro? Ensinou o que é a sabedoria (que suplanta a inteligência)? Ensinou-nos o que é fragmentação, o que é totalidade da vida, o que é empreendedorismo e sensibilidade social? A resposta, para a maioria de todos nós, infelizmente será negativa. A educação é uma estrutura altamente estanque em nível planetário. Os sistemas de educação de todo mundo ainda não assimilaram uma visão de totalidade, uma visão de ser humano como um indivíduo sedento por plenitude. Porém, as pesquisas já nos impelem para uma revisão de 360 graus. “(...) a educação é uma das instituições menos dinâmicas, ficando muito atrás da medicina, psicologia, política, meios de comunicação e outros elementos de nossa sociedade.” FERGUSON, 1997, pg. 265

“Como podemos estar agindo e aprendendo em níveis tão medíocres? Se somos [seres] tão ricos, por que não somos despertos?” (FERGUSON, 1997, pg. 264) Existe uma descarada necessidade de mudança de ensino em todos os seus níveis. Observe esta descrição das expectativas limitadas que se têm sobre o “animal humano” e o utilitarismo educacional: “Nossas expectativas quanto ao que o animal humano pode aprender, fazer, ser, permanecem extraordinariamente baixas e temerosas. A definição que temos dos propósitos fundamentais da educação continua inadequadamente utilitária.”LEONARD, 1998, pg. 24
























Até que ponto a nossa escola não nos acorrentou, até que ponto não deixamos de nos desbloquear nas escolas, até que ponto não fomos fragmentados? “O trauma da fragmentação começa com as primeiras perguntas reprimidas, com a angústia abafada pelo tédio. Nenhum lar pode deter (...) a Morte nos Primeiros Anos.” FERGUSON, 1997, pg. 269Infelizmente, nossos professores não pediram para que desenhássemos nossa árvore, simplesmente nos ordenaram que pintássemos árvores já impressas em papel em suas cores comuns. “Nada de árvores azuis, violetas, cinzas, nada de árvores amarelas!”.

A professora nos dava um elefante para pintar e o pintávamos como um elefante malhado, cheio de lacunas brancas; a partir daí éramos chamados de preguiçosos. Estas “podas” aparentemente inocentes de nosso impulso criador criaram toda uma geração de seres criativamente neutros, a partir de um efeito bloqueador em cadeia enfatizado pelos sistemas de ensino. “A criança, que pode ter chegado intacta ao colégio, com a coragem de arriscar e explorar desabrochando, encontra tensão suficiente para faze-la reduzir para sempre tal aventura.” FERGUSON, 1997, pg. 268

Formam-se aí seres humanos limitados, com uma mentalidade e poder de intervenção pessoal e social limitada, para uma sociedade limitada, e isto será bom para quem? Fica claro, então, que houve momentos em que não se acreditava importante permitir o “vôo da águia”, o desabrochar da totalidade humana. “Buckminster Fuller observou, numa ocasião, que nem ele nem nenhum conhecido seu era um gênio: Alguns de nós são apenas menos prejudicados do que outros.”FERGUSON, 1997, pg. 269

Acontece que hoje, para as instituições que determinam os cenários na Terra, as empresas de amplitude planetária, este perfil já não é mais interessante. Somos (ou deveríamos ser) trabalhadores do conhecimento, em plena era do conhecimento.

O ser humano pode agir como um animal adestrado ou como uma águia que voa perdendo-se no infinito. Uma outra raiz do mal em educação, é o fenômeno da rotulação depreciativa, principalmente perante os jovens mais talentosos, originais, totalmente desrespeitados e desestimulados em educação. Podemos viver felizes e harmonizados, ou durante toda nossa vida tornarmo-nos um ser abandonado à própria sorte. Infelizmente, poucas instituições promovem o salto evolucionário de que todos temos direito como integrantes principais da grande comunidade da vida. Desse ponto de vista talvez nosso ensino seja uma atividade subversiva, pois em nada impele nossa vitalidade plena. “Se não estamos aprendendo e ensinando, não estamos despertos e vivos. O aprendizado não é apenas como a saúde, é a saúde.” FERGUSON, 1997, pg. 267.

Referências bibliográficas:
FERGUSON, Marilin. A conspiração aquariana. Rio de Janeiro: Record, 1997.
LEONARD, George. Educação e êxtase. São Paulo: Summus, 1998.
ZOHAR, Danah. O ser quântico. São Paulo: Editora Best Seller, 1990.

Texto revisado por Cris

Por: Alexandre Wahbe - [email protected]
Empreendedor Social, Escritor, Palestrante, Ex-apresentador de TV
Membro do Conselho Mundial de Cidadania Planetária

Fonte: site Instituto Consciência Adamantina
A transmutação e a expansão de sua consciência lhe concede a liberdade







Alexandre, você está de parabéns!!!
Seu artigo sobre o nosso atual Sistema de Educação, tão bem colocado e pelos fundamentos teóricos adequadamente inseridos no texto, me fez ter a coragem de repassá-lo na íntegra em meu blog e peço a sua licença para tal.
Sou uma Educadora consciente da nova Era que está se descortinando sobre todos nós. Por isso, concordo e assino embaixo sobre sua crítica inteligente e construtiva, que nos impele para uma profunda reflexão sobre o ato e o compromisso de educar e em seguida, para uma mudança de conduta real e efetiva.
A base de uma consciência humana sadia está na Educação.
E como educadora não posso deixar passar a oportunidade de "grifar em negrito" de que o princípio da Educação começa em casa.


E é triste relatar que cada vez mais as famílias com raríssimas excessões, acabam por deixar grande parte da responsabilidade da educação de suas crianças nas mãos das instituições escolares, que por sua vez, estão tendo de contar cada vez menos com a parceria de extrema importância (ESCOLA X FAMÍLIA).
Sem esse empenho e integração necessária, acabamos por distanciar-mos da verdadeira arte de educar. Um ótimo exemplo para fecharmos com chave de ouro a questão da influência familiar no desenvolvimento físico, emocional, ético, moral e espiritual de nossos filhos, está no título de um de seus livros do autor Içami Tiba ( QUEM AMA EDUCA ).
E hoje fazendo uma retrospectiva de vida, reconheço que como mãe cometi algumas falhas na educação de meus filhos, não considero essas falhas como erros e sim como tentativas de escolhas para as experiências pelas quais tive de passar, mas também sei que essas tentativas foram feitas com base no meu amor e também pela imaturidade que tinha na época.
Mas a vida é mesmo surpreendente e me coloca diante de uma nova oportunidade, desta vez como educadora de várias faixa etárias de crianças e adolescentes. Não tenho a pretensão de corrigir minhas posturas passadas, mesmo porque já é página virada da minha vida.
Agora tendo uma visão geral sobre a educação, sei que nossa Mãe Terra já exaurida por tanto desrespeito, pela manipulação dos poucos que ainda estão no Poder sobre os demais e que "sacaram" o poder do uso de sua inteligência, com fins egoísticos e manipulativos para um arrebanhado controle de massas, com base a se perpetuar a garantia deste falso e ilusório Poder.
Ninguém é mais e melhor que ninguém... apenas temos aptidões e oportunidades diferenciadas ao longo de nossas caminhadas.
Quantas vezes a Educação pelo Poder, “talhou” o ser humano fazendo-o se sentir um incapaz, fazendo contínuas comparações entre seres tão complexos que somos.
Onde está a harmonia e o equilíbrio nessas comparações, ou melhor nessas competições de poder?
Resume-se nisso a Educação?
Se dentro de cada um há sonhos e aspirações tão estimulantes e diversificadas!
A Terra é um planeta de contrastes que clama incansavelmente por transformações e mudanças emergenciais em todos seus segmentos.
E a educação é a primeira delas.
O tempo urge e precisamos de uma vez por todas arregaçar as mangas e de fato fazermos uma boa faxina nisso tudo. Uma educação de qualidade, antes de qualquer coisa, respeita a integridade do SER UNIVERSAL, e não o vê e o trata apenas como um número a mais. É uma Educação que preza pela sensibilidade e pela criatividade autentica da mente humana, por suas capacidades intrínsecas, em suas várias facetas e formas de expressão.

Somos co-criadores do universo, e cada qual tem um valor único, preciso e inestimável perante a Criação e podemos sim, somarmos uns com os outros e sermos os autores, os pioneiros de uma nova realidade mais digna e mais justa, e não há outra forma de iniciarmos esse processo se não por meio da Educação.
A união faz a nossa força,sempre foi assim, só que não nos posicionamos em relação a isso, agora já chega de tanto blefe, temos que dar um basta para toda essa manipulação massiva!
Esse molde de educação arcaico que os padrões sociais nos obrigam, não corresponde mais a nossa nova realidade.
A Educação vem primeiro... sem ela nada pode ser transformado e é através dela que os caminhos podem ser abertos e escancarados para todas as novas possibilidades, as inúmeras oportunidades que nos cercam, mas que nos impedem de enxergá-las. Já passou da hora dos novos educadores do amor, criarem um campo condensador de energia, a fim de "puxar" e fazer emergir o melhor que há em cada um.
No Ser humano impera a mesma força tanto para a construção, assim como para a destruição.
A força é a mesma, a escolha para usá-la e sua intensão é que faz toda a diferença.
Uma faca é um instrumento que pode ser usado no auxílio para se preparar uma ótima refeição, como também pode ser usada para tirar a vida de alguém.
O instrumento é o mesmo, mas as escolhas para o seu uso são muitas, assim é a Educação.
A essência dela é única, mas como cada educador conduzirá essa força de transformação pessoal e que influenciará diretamente no social, isso... está nas mãos e na consciência de cada um!
A educação é o princípio de tudo, e o educador é o gerador do processo, sem ele não haveria um leque tão vasto, para as demais profissões.
O educador é o artesão, sem a força interior e a intervenção que provem dele, não haveria tantas outras possibilidades.
Nós os educadores do Amor não podemos mais nos calar e fingir que a coisa toda não é com a gente!
Peço em nome de uma melhor condição de vida para todos, que a sujeira toda não seja escondida debaixo do tapete. Não temos o direito se quer de pensar que não podemos fazer nada para mudar essa situação caótica, que somos a minoria, incapazes de uma ação eficaz diante de uma situação mentirosa,ardilosa e autoritária, porque fomos condicionados a não termos poder para realizar a proeza da mudança tão necessária.
Desde crianças, nos passaram uma ideia equivocada, que nós professores somos pequenos, insignificantes, até mesmo pela marca registrada que ocultamente está inserida no contexto de nossos salários...
Não... nós não somos a minoria, sabemos que não!
Se todos nós nos unirmos, olharmos e caminharmos para a mesma direção, nos tornaremos cada vez mais fortes, e como num efeito dominó, derrubaremos todas as barreiras, todos os impedimentos para fazer da Educação um privilégio de crescimento verdadeiro e coerente a todos.
Não temos o direito de compactuar com esse condicionamento que nos oprime, de nos omitirmos diante de nossas próprias fragilidades.
A ascensão planetária chama a todos agora sem distinção. O momento é agora, é já...é tudo ou nada, do jeito que está, não da para ficar mais, então tratemos de consultar a nossa consciência e fazer agora a escolha que devemos fazer.
Essa educação tecnicista que garante ao jovem recem formado um ofício, não oferece mais que isso mesmo, um ofício mecânico, sem alma, sem tesão e limitado. Será que ninguém consegue ver que o crescimento de um é o crescimento de uma nação inteira? Precisamos soltar nossas vozes e emitir nossas opiniões e ações sem medo e levantarmos definitivamente uma nova bandeira da Educação pelo Amor, pela verdade, pelo exemplo no bem, pelo crescimento integral do SER COMO UM TODO, porque estamos juntos nesta tarefa e juntos chegaremos ao objetivo que é educar pelo amor e fazer o educando acreditar e apostar em suas capacidades, em seus dons, suas aptidões em seus sonhos e desejos mais íntimos, encoraja-los para a busca de suas próprias realizações pessoais e nas conquistas de seus próprios valores,como alguém que interage, que participa, que se move, que questiona, que debate, que cresce. Educar é a conscientização que todos temos o direito de escolhas e de oportunidades maiores e através dessas escolhas poder revelar-se diante de si mesmo, e seguir o fluxo que a vida quer para todos. Que sejamos feliz, nada além disso! Felizes e conscientes de que somos bem MAIORES do que nos fizeram pensar que eramos.
Educadores com o poder de curar,restaurar o emocional de cada um, que é a alavanca para uma boa auto imagem, educadores altamente capacitados em ajudar a reprogramar seus processos mentais, curando e transformando suas crenças no medo, na insegurança, na impotência, no pequeno, no menos.
Educadores para promoverem a segurança de que todos podem ultrapassar seus próprios limites e alçar vôos cada vez mais alto. A Educação é a irmã amiga da liberdade de expressão. A Educação da qual precisamos aponta para dentro e não para fora, pois já temos dentro o conteúdo para todas as respostas, é preciso apenas que acreditemos em nossas habilidades, que façamos as escolhas certas e a educação que liberta é a ponte que nos faz prosseguir adiante...sempre!
Quem dera termos educadores que nos inspire, que ressalte nossas qualidades interiores, que faz com que busquemos dentro de nós a ousadia para darmos aquele passo a mais.

* A consciência desperta é o nosso maior tesouro, é o caminho para a libertação do Ser integral*

Alexandre, estou contigo nesta empreitada!
Um grande abraço
Lisa Teixeira

Por: Lisa Teixeira
Agosto / 2010



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