Venhamos e convenhamos, chega de blá...blá...blá! Em meu texto anterior, tentei falar um pouco sobre a PAZ. Paz essa, que começa dentro de nós, em nós e por nós para que depois possa haver uma “contaminação exterior” num nível de massa. Só que, não existe paz sem educação. Hoje, vim mesmo com a intenção de colocar o dedo na ferida de muitos e isso serve pra mim também, penso até... que principalmente pra mim. Hoje, não vou falar em forma de “versos e prosas”, vou apenas escrever o que tenho sentido nos últimos tempos, desde que minha vida deu uma guinada de 180º e entrei para a área da educação. Preciso rever atitudes e valores constantemente, diariamente... Vou ser curta e grossa, tenho que ser! Como falar em paz, sem tocar na questão da educação? Firmei um compromisso comigo mesma de fazer a diferença de alguma forma e esse pequeno espaço que criei, servirá de ponte a fim de fazer as coisas acontecerem com maior rapidez, ao menos pra mim! Não posso falar de educação pelo exemplo, sem antes voltar no tempo e lembrar-me da educação que recebi de meus pais. Ah!...minha mãe, meu pai, como lhes sou grata, por tudo o que fizeram por mim, principalmente pela educação e pelo exemplo que me deram, no decorrer de minha vida e ainda o fazem, incansavelmente e incondicionalmente. Muitas vezes foram duros comigo, mas eu precisava daquela dureza naquele determinado momento. Hoje já adulta e dentro de uma sala de aula, venho notando como as crianças estão perdidas, sem referências ou valores para nortearem e conduzirem suas vidas, preciosas vidas. Hoje as crianças refletem o caos em que se encontram suas famílias, se é que realmente podemos chamar de famílias o meio em que nossas crianças se encontram. As mesmas crianças que estarão lá na frente, no futuro...no nosso futuro! Alerta...alerta, caos geral! É muito fácil colocar à culpa na falta de limites, no desrespeito, e na violência de nossas crianças. Se, com a nossa geração e por toda educação que tivemos de nossos pais, que nos impunham limites, severos castigos e até mesmo surras, ainda erramos e insistimos em trilhar caminhos não tão legais assim. O que dizer de nossas crianças com a "educação que recebem agora. Proteção demais, mimo, poupar os filhos do sofrimento do mundo, fazer tudo por eles e dar tudo do bom e do melhor, está muito longe de ser educação. Dinheiro não compra educação, de nada resolve matricular os filhos nas melhores escolas, se em casa a realidade é obscura e danosa. As famílias estão empurrando para a escola um papel e uma conduta que haveria de ser delas. Só se consegue educar por meio de exemplos firmes e claros. A criança desde a mais tenra idade vai aprendendo pelos exemplos que observa no meio em que está inserida. Todo o aprendizado acontece no exemplo e na observação. Coloque uma criança isolada com lobos ou chimpanzés e veja o que ela se tornará, essas teorias e práticas já foram comprovadas até mesmo cientificamente. Por isso, essa está sendo uma grande reflexão pra mim mesma, por estar envolvida com a educação, por ser mãe e por permitir-me essa reflexão. Como errei com meus filhos, por falta de maturidade, por comodidade, por negligência minha, sei lá! O fato é que cometi erros sim, mas o importante é que hoje, consigo ver e reconhecer esses erros, tudo ficou muito claro pra mim e essa clareza também me faz ter força para tentar corrigi-los daqui em diante, pois se ainda erro, sei também que nunca é tarde demais para uma auto correção, principalmente quando se tem a nobre intenção de melhorar cada vez mais, sempre. Caros adultos, comecemos por nós, vamos nos reeducar, vamos olhar pra dentro! Há um velho provérbio que diz, quem olha pra fora sonha, quem olha pra dentro desperta. Vamos, ainda da tempo, despertemos! Mergulhemos pra dentro e enfrentemos as nossas sombras, os nossos bichos interiores. Vamos reconhecer onde estamos errando agora,nesse momento, pois os erros do passado, esses não podem ser concertados. Já passou da hora de revermos nossos conceitos e atitudes e aí sim! Sermos o melhor exemplo aos nossos pequenos e a nós mesmos, por que não? Reconhecer um erro já é meio caminho andado. Como podemos cobrar algo das próximas gerações se nossos exemplos estão sendo falhos e deturpados e caóticos. Como posso cobrar limpeza, ordem e asseio dentro de casa quando eu mesma jogo um papel amassado pela janela do carro e minha filha observa esse ato. Pois é! Eu já fiz isso e minha própria filha me chamou a atenção. Tive vergonha de mim mesma, como pude? Que exemplo horrível dei a ela, por isso sabemos que se queremos mudar alguma coisa, comecemos por nós e a partir de nós a grande mudança se manifesta. Toda mudança da trabalho, é essa diferença a qual me referi no início desse texto. Estou pronta para fazer a diferença, pronta para fazer a grande mudança em mim. Estou olhando pra dentro e limpando todas as arestas do lixo psíquico e emocional que carrego e dando a cara à tapa, reconhecendo que ainda erro por puro comodismo, mas que ainda da tempo de corrigir esses erros descabíveis. Sim...C O M O D I S M O , pois afirmo que falta de consciência não é, nem a minha e nem a sua, pois já estamos carecas de saber qual o trabalho que temos que fazer e ainda assim não damos o primeiro passo e não arregaçamos as mangas. Pensemos nisso com carinho...o melhor está dentro de nós, vamos ter essa coragem de olhar no espelho d’alma e iniciar todo um processo de auto-correção, de auto-reeducação, aí sim e só aí é que podemos fazer de fato a diferença acontecer. Quando mudamos por dentro é porque pegamos o touro à unha e nos dispomos a ação para limparmos tudo o que não nos serve mais. E a partir dessa conscientização e da nossa mudança de conduta, é que criamos mais luz, mais consciência e nossa verdade interior aparece onde podemos integrá-la com a nova realidade de educação e de paz que esse novo milênio tanto nos pede. Reflita a respeito, o quanto você é verdadeiro consigo próprio e com o outro. A base da educação está aí, eu mostro pro outro em ações, às minhas verdades interiores, e é elas que vão valer, mesmo que as minhas palavras estejam apontando numa outra direção. Palavras se perdem ao vento, as atitudes não! As atitudes jamais serão esquecidas num canto qualquer, pois ficam gravadas como tatuagem na mente pro resto da vida. Por isso, educação antes de ser um aglomerado de palavras bonitas e teóricas, é uma atitude para o bem e para a verdade que nos toca realmente, pense nisso!
Essas reflexões que se transforaram nesse texto dedico ao meu irmão, que no caso foi meu grande inspirador. Você como pai é um grande exemplo, um grande educador, segue adiante pois está no caminho certo... Parabéns, me orgulho de ter você como irmão!
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